Elvis Presley + David Bowie? Beatles + Rolling Stones + Bob Dylan? Por mais estranho que pareça, essas parcerias estiveram perto de acontecer.
Desde a formação do Cream, com Jack Bruce, Eric Clapton e Ginger Baker, em 1966, a ideia dos supergrupos tornou-se parte do imaginário popular. Talvez Jack Bruce e Ginger Baker, na época, não fossem tão populares assim. No entanto, hoje em dia tendemos a pensar em supergrupos como a reunião de artistas já consagrados.
E alguns deles quase saíram do papel. Isso não significa que o sucesso seria imediato, mas ficamos empolgados só de imaginar.
O site Loudwire listou 10 supergrupos ou encontros que por pouco não se tornaram realidade.
Veja abaixo quais foram e qual a história por trás de alguns deles:
Beatles + Rolling Stones + Bob Dylan
A história por trás dessa lenda vem de uma figura de autoridade – o engenheiro/produtor Glyn Johns, que trabalhou com os três artistas em vários momentos, sem mencionar The Who, Led Zeppelin, The Band, The Clash e muitos outros grandes nomes.
Em sua autobiografia de 2014, Sound Man, Johns explica seu plano, em 1969, de “reunir o melhor material de Mick e Keith, Paul e John, Bob e George, e então selecionar a melhor seção rítmica das duas bandas para se adequar a qualquer um. músicas que estávamos cortando.”
Segundo a Rolling Stone Magazine, o impulso veio inicialmente de Dylan, que falou com Johns sobre sua admiração pelo trabalho do produtor e perguntou se ele abordaria os Stones e os Beatles sobre um projeto colaborativo. Em seu livro, Johns afirma que, enquanto Keith Richards e George Harrison adoraram a ideia, John Lennon, Paul McCartney e Mick Jagger se opuseram fundamentalmente ao plano.
Muitos anos depois, Dylan teria a chance de trabalhar ao lado de Harrison em um supergrupo que veio a acontecer, o Traveling Wilburys, que também contou com Jeff Lynne, Roy Orbison e Tom Petty.
Led Zeppelin + Yes
Este é sem dúvida o supergrupo da nossa lista que chegou mais perto de acontecer. Tinha até um nome: XYZ, que significava ex-Yes-Zeppelin.
Em 1980, após a morte do baterista John Bonham, o Led Zeppelin deixou de ser uma banda de trabalho. Naquele mesmo ano, um encontro casual entre o guitarrista do Zep, Jimmy Page, e o baixista/tecladista do Yes, Chris Squire, levou a falar de uma nova banda proposta.
Squire recrutou o ex-aluno do Yes, Alan White, na bateria, com o grupo completado pelo ex-tecladista de Greenslade, Dave Lawson. Precisando de um vocalista, Robert Plant do Zep foi abordado, mas, embora o cantor tenha comparecido a um ensaio, ele finalmente decidiu não se comprometer. Sob o peso das disputas contratuais, juntamente com a ambivalência de Plant, a XYZ se desfez.
Curiosamente, a banda lançou material gravado, alguns dos quais apareceram, de forma alterada, em vários álbuns futuros do Yes.
Elvis Presley + David Bowie
Bowie revelou que em 1977, poucos meses antes da morte de Presley, havia recebido uma ligação inesperada do astro americano para discutir a possibilidade de produzir o próximo álbum do rei. Bowie, um grande fã, certamente teria aceitado a perspectiva e, se não fosse pelos problemas de saúde de Presley, parecia haver uma chance real de que isso possa ter acontecido.
E há certa procedência na história. Em 1975, o empresário de Presley, Coronel Tom Parker, convidou Bowie para escrever uma música para Elvis. Bowie enviou a agora clássica “Golden Years”, mas Presley teria recusado a faixa.
R.E.M. + Nirvana
Não é nenhum segredo que Kurt Cobain era um grande admirador da música do R.E.M., em particular do álbum Automatic For The People, de 1992. Em uma entrevista de 1994 para a Rolling Stone, que também foi o ano do triste falecimento de Cobain, o cantor declarou: “Se eu pudesse escrever apenas algumas músicas tão boas quanto o que eles escreveram... Deus, eles são os maiores.”
Michael Stipe do R.E.M., por sua vez, era um amigo próximo e um tipo de mentor para a estrela mais jovem. Na verdade, ele foi padrinho do único filho de Cobain e Courtney Love.
Naquele mesmo ano, Stipe, preocupado com o mergulho de Cobain em drogas e depressão, planejou uma possível colaboração, na esperança de que isso pudesse ajudar a mudar a vida do cantor. Como o próprio Stipe explicou, em um artigo de 2011 para a Interview Magazine, “Eu estava fazendo isso para tentar salvar sua vida. A colaboração foi eu ligando como uma desculpa para entrar em contato com esse cara. Ele estava em um lugar muito ruim”
“Enviei a ele uma passagem de avião e um motorista”, continua Stipe, “e ele prendeu a passagem de avião na parede do quarto e o motorista ficou sentado do lado de fora da casa por 10 horas. Kurt não saía e não atendia o telefone.” Cobain tragicamente tirou a própria vida em 5 de abril de 1994.
Veja a lista completa AQUI.
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